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Retina do Bem no site da Prefeitura de Curitiba

Retina do Bem atende 320 pacientes com diabetes no Tatuquara

Pelo menos 320 pacientes diabéticos foram submetidos a exames de retinoplastia – alteração na retina – na manhã desta sexta-feira (1/11), no auditório da Rua da Cidadania do Tatuquara.

A ação é do Retina do Bem, uma parceria entre o Oftalmo Curitiba – Hospital da Visão, Centro Paranaense de Oftalmologia e a Prefeitura de Curitiba. O objetivo é ampliar a oferta do atendimento oftalmológico aos pacientes diabéticos na cidade.

Também com esta finalidade, está programada uma ação ainda maior, no dia 9, das 9h às 16h, na Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho: o Retina do Bem 2019 e o 7º Mutirão Diabetes Curitiba.

Poderão fazer os exames pessoas com diabetes, encaminhadas ou não pela Secretaria de Saúde de Curitiba, assim como a população em geral que deseja medir o nível da glicemia para saber se tem diabetes.

Cuidados com a visão

De acordo com Oksana Maria Volochtchuk, diretora do Departamento de Atenção à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, os pacientes diabéticos devem tomar cuidado redobrado com a visão, já que a doença pode levar a complicações graves, quando não controlada. Uma delas é a retinopatia diabética, que hoje é a maior causa de cegueira em pessoas jovens em todo o mundo.

“O paciente diabético deve fazer o exame pelo menos uma vez por ano para verificar se houve alteração na retina. Anomalias não tratadas podem levar à cegueira”, alertou Oksana.

Além deste cuidado, a Secretaria Municipal da Saúde recomenda que as pessoas diagnosticadas com diabetes tomem as precauções que a gravidade da doença requer.

“É importante fazer acompanhamento médico periódico, ter uma dieta alimentar saudável, fazer atividade física regularmente e ter atenção especial à função renal”, ensina Oksana.

Cegueira irreversível

Para o médico oftalmologista João Guilherme Oliveira de Moraes, especialista em retina e vítreo e idealizador do Retina do Bem, a avaliação é importante porque a cegueira da diabetes é irreversível e o diagnóstico precoce aponta o caminho para o eventual tratamento.

“Quando a doença está início, o paciente é encaminhado para sessões de fotocoagulação a laser ou cirurgia, para interromper a progressão da cegueira”, disse o médico.

Assim como o atendimento no mutirão, as aplicações de laser ou cirurgias não custam nada para paciente. O encaminhamento é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Esta parceria é importante porque dá agilidade necessária para tratar de forma eficaz estes casos ainda no início e assim evitar a cegueira”, justificou João Guilherme.

Melhor prevenir

Sandra Maria Gonçalves, 47 anos, foi uma das pacientes encaminhadas pelo Distrito Sanitário do Tatuquara para fazer a retinoplastia. Ela disse que descobriu a diabetes há nove anos e passou levar a saúde mais sério.

“Eu perdi 26 quilos desde que descobri que tinha diabetes. Fui indicada para o exame porque não estou conseguindo enxergar mais de perto”, explicou Sandra.

Já José Alves, 69 anos, saiu do Capão Raso para fazer exame no Tatuquara. “É a primeira vez que faço este exame, mas não tenho problema de visão”, revelou. Trabalhador da construção civil, José controla o diabetes com caminhadas e dieta alimentar.

Como a doença se manifesta

Diabetes é uma doença crônica e ocorre quando o corpo não produz insulina (hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue) ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia.

Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente. O nível de glicose no sangue sobe (hiperglicemia). Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

Existem dois tipos de diabetes. O tipo 1, é caracterizado pelo fato de a glicose ficar no sangue, em vez de ser usada como energia pelo organismo. Aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também.
Já o tipo 2 é chamado de diabetes adquirida, a doença surge em função de maus hábitos alimentares e sedentarismo. Ela se manifesta quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia.

 

Extraído do site da Prefeitura de Curitiba

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